quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Em tudo que é belo.

Prezados vercilianos, enquanto o disco novo - previsto para novembro deste ano - não sai, ouçam atenciosamente "Em tudo que é belo", um dos melhores trabalhos de Jorge Vercilo. Sobre o referido disco, escrevi isto há cinco anos:

INDICAÇÃO: CD EM TUDO QUE É BELO – Artista: JORGE VERCILO - Gravadora: Warner Continental – 1996

O segundo trabalho do cantor e compositor carioca - que, inclusive, rendeu-lhe uma indicação ao prêmio Sharp em 1997 - possui uma diversidade sonora e rítmica vista em poucos discos de MPB. É, sem dúvida, o mais eclético álbum de Jorge Vercilo e o que melhor demonstra sua versatilidade como cantor e músico-criador. Recheado de belos arranjos, o disco recebe uma nítida influência black (soul, funk, charm). Faixas como Mão do destino e Eu só quero dançar lembram a maneira de cantar do Michael Jackson e do Stevie Wonder. Fácil de entender revela a veia reggae do artista. Infinito amor e Raios da manhã dão um requinte especial ao disco, com doces cordas e um Jorge Vercilo pra lá de romântico. Oração Yoshua é a mais hermética do CD: constitui-se num mantra cantado em falsete e nos proporciona uma grande demonstração da técnica, modulação e amplitude vocal do cantor. O disco ainda contém o afoxé Fenômenos da natureza, cuja poética letra associa os sentimentos pela pessoa amada aos agentes e fatores da água, do ar, da terra e do céu. Himalaia tem influência ibérica no ritmo e nos arranjos; nela, Vercilo nos leva, com toda sua alquimia, a viajar de Sarajevo a Pequim e a voar sobre cordilheiras, sentindo a leveza do nosso ser. Na faixa-título, Jorge nos traz uma mensagem de esperança, tal qual Roberto Carlos cantando Paz na terra e Pensamentos (guardadas as devidas proporções, é claro!). Enfim, é o Jorge Vercilo compositor em seu estado mais puro, recebendo energia e inspiração de todas as correntes musicais e encantando com seu lirismo peculiar, inconfundível e indelével. Álbum indispensável em qualquer discoteca básica de MPB/POP.

Freddy Simões
(Outubro/2002).

Um comentário:

Valdeline Barros. disse...

Esse é o albúm mais belo que tem! O albúm que em tudo é belo, por "tantos motivos pra sonhar"...
É o albúm, na minha opinião, em que Jorge está mais "puro", essencialmente, até hoje, e mais "misturado" também. É tanta coisa e ritmo junto... Ótimo!
Se eu conseguisse falar em melhor, ou em preferências, quando falo de Jorge, diria que este, sem dúvida, é dos meus preferidos!!